Brasil se despede do Mundial de Ginástica Artística sem medalhas
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Brasil encerra Mundial de Ginástica Artística sem medalhas
A edição deste ano do Campeonato Mundial de Ginástica Artística, realizada em Jacarta, Indonésia, terminou sem que o Brasil conseguisse conquistar medalhas. Este é o primeiro evento mundial desde 2017 em que a equipe brasileira não alcançou o pódio. A última esperança de medalha ficou por conta da ginasta Flávia Saraiva, que terminou em quarto lugar na final da trave, realizada no último sábado (25).
Flávia, de 26 anos, obteve o melhor desempenho da equipe brasileira na competição e alcançou sua melhor colocação em Mundiais na prova de trave, superando a sexta posição que conquistou em Stuttgart, na Alemanha, em 2019. Na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, a atleta também ficou em quinto lugar.
Para chegar à final da trave, Flávia se destacou nas eliminatórias, onde obteve 13.833 pontos, com 5.5 pela dificuldade e 8.333 pela execução. Na final, a ginasta optou por uma série mais complexa, que lhe rendeu 5.7 de nota. Com a execução sem falhas, ela totalizou 13.900 pontos. Contudo, as medalhistas superaram a marca de 14 pontos, com movimentos ainda mais desafiadores. O ouro foi conquistado pela chinesa Zhang Qingying (15.166), enquanto a argelina Kaylia Nemour e a japonesa Aiko Sugihara levaram prata e bronze, respectivamente.
“Queria muito tirar esse peso de que, em finais, a Flávia não acerta. Hoje [sábado], fiquei orgulhosa do meu trabalho, de tudo o que fiz ao longo do ano. Esta final foi um pouco atípica. Poucas erraram. Isso é ótimo para a ginástica, mostra o quanto está competitiva. Fiquei muito contente de abrir a final e acertar a série logo de cara. É sempre um desafio ser a primeira, mas consegui fazer exatamente o que vinha treinando”, afirmou Flávia à Confederação Brasileira de Ginástica.
Além de Flávia, apenas Caio Souza e Diogo Soares representaram o Brasil nas finais em Jacarta. No individual geral, Caio terminou em nono lugar e Diogo em 17º. Caio também competiu nas argolas, onde ficou em sexto lugar.
É importante destacar que Rebeca Andrade, que conquistou quatro das seis medalhas do Brasil no Mundial de 2023, em Antuérpia, não participou desta edição. A atleta paulista optou por não competir em 2025. O desempenho na edição belga do evento permanece como o mais bem-sucedido da história da ginástica brasileira, com um ouro, três pratas e dois bronzes.
Mundial de Taekwondo
No segundo dia do Campeonato Mundial de Taekwondo, realizado em Wuxi, China, dois brasileiros estrearam na competição. O paulista Guilherme Morais foi eliminado nas oitavas de final pelo sul-coreano Jun Jang, após vencer o afegão Mohsen Rezaee e o italiano Dennis Baretta na categoria até 63 kg. A catarinense Camilly Camargo também foi eliminada na segunda rodada, perdendo para a cazaque Nodira Akhomedova, após vencer a indiana Twisha Kakadiya na categoria até 49 kg.
O Brasil será representado nos combates deste domingo (26) por Matheus Gilliard (até 54 kg), Ícaro Miguel (até 87 kg) e Thaisa de Souza (73 kg). O país já conquistou o topo do pódio em Wuxi com a paulista Maria Clara Pacheco, campeã na categoria até 57 kg na última sexta-feira (24), repetindo o feito da paranaense Natália Falavigna, que venceu 20 anos antes.