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Brasil faz história e termina Mundial de Atletismo Paralímpico em 1º

Brasil conquista inédito primeiro lugar no Mundial de Atletismo Paralímpico

No último domingo (5), o Brasil fez história ao encerrar o Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico em Nova Déli, na Índia, na liderança do quadro de medalhas. Esta é a primeira vez que o país alcança essa posição, com um total de 44 medalhas, sendo 15 delas de ouro, 20 de prata e 9 de bronze. O desempenho brasileiro superou a China, que ficou em segundo lugar com 13 ouros.

Esse feito é significativo, já que a China havia dominado o evento nas últimas edições. A última vez que outro país ficou no topo foi há 12 anos, quando a Rússia conquistou o primeiro lugar em Lyon, na França. O Brasil havia ficado em segundo lugar nas três edições anteriores do campeonato, com campanhas que incluíram 39 medalhas em Dubai, 47 em Paris e 42 em Kobe, sempre atrás dos chineses.

Desempenhos de destaque

O dia decisivo para a delegação brasileira começou com a vitória de Zileide Cassiano, que conquistou o ouro no salto em distância da classe T20, repetindo sua performance de Kobe. A atleta superou a polonesa Karolina Kucharczyk, medalhista de ouro nas Paralimpíadas de Paris, que desta vez ficou com o bronze.

Outro destaque foi Jerusa Geber, que se consagrou ao vencer os 200 metros da classe T11, alcançando sua 13ª medalha em Mundiais e se tornando a atleta brasileira mais premiada na história do evento. Em sua declaração, Jerusa expressou seu desejo de continuar competindo e almejou ainda mais conquistas nas próximas edições. “Quero o penta e, depois, o hexa nos Mundiais. Até onde aguentar, eu quero ir”, afirmou.

No entanto, o dia ainda reservou mais surpresas. Clara Daniele, competindo pela primeira vez em Mundiais, inicialmente conquistou a prata nos 200 metros da classe T2, mas após um protesto do Comitê Paralímpico Brasileiro, que alegou irregularidade na prova, ela herdou o ouro. Essa foi a terceira medalha dourada do Brasil no dia.

Além disso, Maria Clara Augusto garantiu a prata nos 200 metros da classe T47, enquanto Edenilson Floriani trouxe para casa o bronze no arremesso de peso, quebrando seu próprio recorde das Américas. Thiago Paulino também teve sua medalha de prata confirmada no arremesso de peso da classe F57, após um protesto que assegurou a validade de sua performance.

Com esse resultado histórico, o Brasil se destaca no cenário do atletismo paralímpico, mostrando a força e o talento de seus atletas, que se preparam agora para os próximos desafios, incluindo as Paralimpíadas de Los Angeles, em 2028.

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